Eu queria conseguir me expressar bem, mas acho que é meio difícil com todas essas mil coisas que passam sempre dentro de mim. Sentimentos? Preferia que não fossem, em um mundo perdido como este, preferia que não fossem. Preferia jamais ter sentido nada disso. Talvez assim eu fosse livre dessa angústia que não me dá folga nem nos sábados, domingos e feriados, aliás, é quando me dá mais trabalho. Cansa ser "profunda" assim nos dias ensolarados e nos fins de ano. Ser confusa, sentimental e acreditar em coisas bestas como amor, amizade e um mundo melhor são o tipo de coisa que estão fora de moda e é por essas e outras que eu não gosto de moda. Nem desse mundo louco.
Nas muitas (e muitas) horas passadas em aviões, eu sempre me perguntava como seria tocar as nuvens. E de nada me adiantou ouvir do Humberto Gessinger que elas não eram feitas de algodão, pois eu queria que fossem.
As coisas fazem mais sentido lá em cima, tocando as nuvens.
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