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domingo, 8 de junho de 2014

Deixa ser

Te ver assim de terno mexeu com os instintos mais primitivos do meu inconsciente, me peguei totalmente sem querer pensando em como você tinha virado assim esse tão bom partido. É o tempo, é a saudade, não é possível.. Esquece isso, menina! Desculpa, desculpa, foi só um lapso, jamais o veria de outra forma, apenas um bom amigo.
Já me disseram uma vez que o álcool, só o álcool, é detentor de todas as verdades. É uma coisa totalmente proporcional, quanto mais tempo ao lado dele, mais verdadeiras são as conversas, as relações, os olhares. Desproporcional a ele somente aquele tal de bom senso tão apreciado nos momentos de sobriedade. Foi exatamente naquele ponto preocupante que você me pediu pra te ajudar a despistar aquela paquera chata que te perseguia a noite toda. Mas é claro! Inicialmente era um abraço, um teatrinho romântico, uma piada engraçada daquelas que a gente daria muita risada sóbrios. Mas sua mão era tão firme, que perfume bom, esse abraço sempre foi assim tão apertado? As coisas foram acontecendo num ritmo que eu não sei bem, me perdi na hora que você falou no meu ouvido algo sobre aquilo ser estranho. Estranho, excitante, novo, engraçado. 
Me perdi naquele ponto.
Não me achei mais. 

quarta-feira, 4 de junho de 2014

O velho e bom companheiro

Existem duas coisas nessa vida que me assombram.
Os seres humanos, já diria "A Morte" do "A menina que roubava livros".
E o medo.
"Toda dor vem do desejo de não sentirmos dor"
Insistir em fugir, em acreditar que as barreiras cimentadas pela razão estão ali por um motivo, em achar que o velho será sempre melhor que o novo, que jamais poderá chegar alguém igual.
E se puder?
É por isso que eles me assombram. Juntos, são a combinação mais covarde que existe.
Aos frágeis, aos medrosos, aos fracos, aos cansados, aos desistentes, aos acomodados, a mim: que o único medo seja o de não vencer esse medo irracional que paralisa.

E quem me vê apanhando da vida, duvida que eu vá revidar

E pra quem chegou assim de mansinho, ele tem um dom estranho de me arrancar sorrisos adormecidos.
O canto da boca que parecia nem saber mais que podia sorrir desse jeito, tão leve e despretensiosamente, cá está mudando toda simetria de um rosto engessado. Uma alma engessada.
Um coração que insiste nessa idéia de continuar batendo, fraco e pulsante, esperando a hora que o samba vai sair e ele vai poder bater nesse ritmo frenético e descoordenado que ele tanto vê por aí, mas nunca pode participar.
Será que o carnaval pode chegar fora de época? Fora do senso, fora do comum, fora do habitual. Fora de todos esses padrões malucos e todo esse cimento que dá base a muralha pessoal?
Tô me guardando pra quando o carnaval chegar
Se não chegar, o samba enredo está pronto, vamos sambar.

Pérola negra

"Baby, te amo, nem sei se te amo. Tente passar pelo que estou passando."
Luiz Melodia tocando no som e aquela sensação de nem sei se te amo.
"Rasgue a camisa, enxugue meu pranto"..
Pranto?
Todo mundo sabe que te amo, te amo. Só eu não sei mais, nem sei mais tanto.
Nem sei se te amo.
A dúvida já basta.
É mais que suficiente pra um coração cansado
Foi tão e tanto "Tente me amar pois estou te amando"
Que o mundo fica todo poesia
Quando toca "..nem sei se te amo"